Performance - “Mulheres que carregam homens”
Programa: 🎉 Festival Feminista de Lisboa 2019
- Datas:
- Sex., 24 MAIO 2019 17:00-20:00h
PERFORMANCE - “Mulheres que carregam homens” de Andréa Veruska
A performance “Mulheres que carregam homens” faz parte de um conjunto de acções do Núcleo de Experimentações em Teatro do Oprimido – NEXTO – que desenvolve pesquisas teóricas e práticas sobre o tema, com o interesse de construir diálogos com os espectadores sobre os estereótipos de género e as violências advindas disso. Surgida durante o desenvolvimento da pesquisa Do género performativo às performatividades de género, esta performance foi livremente inspirada nas teorias de Judith Butler e Virginie Despentes que põem em discussão as raízes socioculturais que fundamentam os estereótipos de género. Criada pela actriz Andréa Veruska, a performance busca questionar a ideia de que os homens são sempre mais fortes do que as mulheres. Além de materializar com seu corpo o facto que muitas mulheres carregam metaforicamente no dia a dia os seus companheiros às costas.
BIOGRAFIA
Nesta performance, Andréa Veruska caminha pelas ruas, feiras e mercados públicos carregando o actor Wagner Montenegro nas costas, formando uma clara alegoria que reafirma o Girl Power. Durante o trajecto da performance, outras mulheres são encorajadas a usarem a sua força no “carrega”. Inicialmente é comum que as mulheres digam que não têm forças suficientes para carregar o performer Wagner Montenegro nas costas e é aí que a performer Andréa Veruska se propõe a dividir o peso. Assim, outras mulheres são encorajadas a carregá-lo. O mesmo acontece com os homens presentes no ambiente. Andréa Veruska propõe-se a carregá-los, mesmo que, para isso, precise reunir mais mulheres nessa iniciativa. As discussões sobre género desta obra, surgem naturalmente com a presença dos performers. Mesmo que a discussão não seja guiada racionalmente pela ideia de que as diferenças entre homens e mulheres são mais sociais do que biológicas, o facto de uma mulher carregar um homem às costas põe em xeque as ideias de que as mulheres são frágeis.