EXPOSIÇÃO + FILME + FOTOGRAFIA - “Matriarcas” de Carolina Mesquita
A exposição “Matriarcas” de Carolina Mesquita, retrata na forma de vídeo e fotografia, memórias de mulheres fortes das nossas aldeias portuguesas, histórias das mulheres fortes do interior de Portugal. Que histórias contam as aldeãs dos nossos tempos, de quem não reza a História? Não foram erguidas estátuas à sua figura, nem encabeçaram partidos políticos. Os seus nomes não constam da literatura, nem aparecem em capas de revista. São sim, os pilares sólidos que mantêm toda uma família unida, no suado dia-a-dia, atendendo à lavoura, ao gado, ao lume, aos vizinhos. Foi este bichinho curioso que levou Carolina Mesquita pelo “norte do Norte”, em bicicleta, a la Volta a Portugal.
Bateu às portas, entre o Alto Minho e Trás-Os-Montes, e entrou numa ínfima parte da riqueza de vida destas senhoras. Em longos serões, desenrolaram-se imagens, poemas, cantigas e vivências, redescobriu costumes, lendas e tradições. Mas mais que isso, Carolina sentiu uma abertura de espírito nesta partilha pessoal, muito característica de quem já tem a própria vida resolvida. São dezenas de aldeias que constituem o nosso país, com meia centena de mulheres cada, entre os 70 e os 100 anos de idade, que invariavelmente nos vão deixar um deserto. Não só geográfico, físico e emocional, mas também etnográfico.
“Vinde ver um mundo a acabar”, escreveu e impeliu António Fontes em Etnografia Transmontana. “Há pessoas, especialmente velhos, que são autênticos tratados, e cujos conhecimentos morrerão com eles se ninguém os recolher a tempo.”
Teaser:
https://www.youtube.com/watch?v=4Ih_gd-bbi4
https://www.youtube.com/watch?v=FamTgcNPodk
www.instagram.com/as.matriarcas
BIOGRAFIA
Carolina Mesquita registou a vida das nossas aldeãs lutadoras, de quem não reza a história, numa viagem pelo “norte do Norte”, entre o Alto Minho e Trás-Os-Montes. É a sua maneira de lhes prestar homenagem, e de as valorizar.
