A escalada de violência doméstica nunca foi tão trágica.
9 mulheres foram mortas em Portugal só nas primeiras cinco semanas deste ano.
No caso recente do Seixal, a polícia registou-o como "violência doméstica de risco elevado” mas o Ministério Público do Seixal desvalorizou, considerando ser apenas coação e ameaça.
Um juiz – Neto Moura – foi desculpado com uma ‘advertência’, apesar de ter julgado o caso evocando a Bíblia e desconsiderado o crime pela vítima ser alegadamente adúltera.
Nos últimos anos perto de 520 mulheres foram assassinadas em contexto de relações de intimidade. São centenas os filhos e as filhas órfãos destas mortes.
A violência doméstica tem de acabar.
O silêncio sobre estas mulheres tem sido ensurdecedor.
Precisamos de campanhas públicas de informação - assertivas e massificadas.
Exigimos uma justiça sem preconceitos de género - e realmente justa.
Reclamamos políticas públicas que esclareçam a juventude sobre os contextos de violência.
Queremos medidas concretas que protejam e apoiem as vítimas e não sejam contemplativas para com os agressores.