Projecção | Yuderkys Espinosa Miñoso (2018)
Programa: 🎞 Cinema Feminista
- Datas:
- Qua., 19 FEVEREIRO 2020 21:30-23:30h
Na próxima quarta-feira, dia 19, às 21h30, vamos projectar no CSA A Gralha a conferência intitulada «Cuestionar las clasificaciones jerárquicas de la modernidad: ontologías relacionales y feminismo no eurocentrado» (2018, 69’), de Yuderkys Espinosa Miñoso, feminista, pensadora, ensaísta e docente anti-racista e descolonial.
Yuderkys Espinosa Miñoso é activista afro-descendente, lésbica e caribenha. Nasceu e cresceu nos bairros populares de Santo Domingo, na República Dominicana, e viveu como migrante treze anos na Argentina e actualmente na Colômbia. Entre os seus trabalhos mais conhecidos, encontram-se os artigos «Etnocentrismo y colonialidad en los feminismos latinoamericanos: Complicidades y consolidación de las hegemonías feministas en el espacio transnacional» (2009) e «Los desafíos del feminismo latinoamericano en el contexto actual» (2010), assim como o livro «Escritos de una lesbiana oscura» (2007). Coordenou «Aproximaciones críticas a las prácticas teórico-políticas del Feminismo Latinoamericano» (2010) e, juntamente com Karina Ochoa y Diana Gómez, compilou o livro «Tejiendo de “Otro Modo”: Feminismo, epistemología y apuestas descoloniales en Abya Yala» (2014). Elaborou o prólogo do livro «no existe sexo sin racialización» (2017), assim como coordenou «Feminismo descolonial – Nuevos aportes teórico-metodológicos a más de una década» (2019).
Sinopse:
Na conferência começar-se-á por questionar as grandes categorias e classificações dicotómicas conhecidas – tais como natureza-cultura, humano-não humano, mulher-homem, desenvolvimento-subdesenvolvimento, entre outras –, mostrando como se faz parte da ordem fundada e imposta pela modernidade ocidental.
Será defendido que estas grandes classificações que organizam o mundo integrado têm um início e uma história e serviram para produzir dominação e privilégio. Uma história de dor, de desaparecimento, de destruição de muitos ao serviço de uns poucos.
Será destacado que antes deste tempo (de modernidade capitalista/racista/patriarcal) e ainda hoje em comunidades e aldeias ancoradas em territórios ancestrais, não totalmente integrados na ordem existente, o mundo é experimentado, vivido e representado a partir da relação entre todos os seres vivos e não-vivos do universo existente. Estas cosmologias/ontologias relacionais que organizam o mundo a partir da ideia de equilíbrio pré-existem a todos os movimentos e tentativas actuais de conter o dano causado pela ordem capitalista predatória.
É por isso que o feminismo e os movimentos que se preocupam há algumas décadas com as chamadas mudanças climáticas, o meio ambiente e a ecologia teriam muito a aprender nos seus discursos e práticas com esses mundos relacionais. A mesma ideia de progresso e desenvolvimento deve ser questionada e abandonada para que seja possível aportar outro modelo de convivência e bem-viver que restaure o vínculo original que nos une e que foi fracturado pela ordem moderna colonial e capitalista.
A projecção será realizada com áudio em espanhol.
i-) Condições de acessibilidade:
Em termos de acessibilidade, convém referir que a estação de metro do Campo 24 de Agosto é a mais próxima do local. Da saída do metro até à Gralha, a distância é de aprox. 850 metros. Existem ainda autocarros com paragem na Rua de Santos Pousada (8M, 300, 305, 401).
O espaço é de acessibilidade limitada. Tem escadas de acesso à cave. A casa de banho ainda não está preparada para pessoas com diversidade funcional: a sua largura é convencional, não dispõe de barra lateral de apoio, a largura da porta não é suficiente para permitir a manobrabilidade de cadeiras de rodas, por exemplo.
Em todas as actividades, disponibilizaremos um conjunto de pessoas para auxiliar em necessidades de mobilidade. Em caso de dúvidas ou para a exposição de questões/pedidos, escrevam-nos para o seguinte email: agralha@riseup.net.
ii-) Política de espaço seguro:
Não serão tolerados atitudes, comportamentos e linguagens que veiculem machismo, racismo, xenofobia, LGBTfobia, capacitismo, ageísmo, especismo e/ou qualquer outra forma de dominação.