Corpos Silenciados: Quem Mandou Matar Marielle? Onde Está Rosy?
- Datas:
- Qui., 14 MARÇO 2019 17:00-19:00h
Praça 8 de Maio 8
3000-300
Coimbra, COIMBRA
3000-300
Corpos Silenciados: Quem Mandou Matar Marielle? Onde Está Rosy?
No dia 14 completa-se um ano da execução política de Marielle Franco. Por infeliz coincidência, completam-se quatro meses do desaparecimento de Rosiney Trindade de Oliveira, brasileira do interior do Paraná desaparecida em Condeixa-a-Nova, depois de apenas um mês da sua chegada a Portugal.
Convocamos essa manifestação com um triplo objetivo:
- Fazer presente a memória de Marielle Franco, ativista, então vereadora eleita, defensora dos Direitos Humanos e das Minorias, covardemente assassinada por organizações milicianas no Rio de Janeiro;
- Fazer presente a reivindicação da continuidade das investigações acerca do desaparecimento de Rosiney Trindade de Oliveira, desaparecimento ocorrido em circunstâncias misteriosas e possivelmente associado ao tráfico de mulheres;
- Por fim, dada a coincidência das duas datas, aproveitar para relacioná-las, a morte de Marielle, mulher, negra, lésbica e lutadora e o desaparecimento de Rosiney Trindade, mais uma mulher brasileira de origem trabalhadora que, em busca de melhores oportunidades, viaja para outro país e desaparece sem causar grande comoção.
A luta da violência contra as mulheres não se deve fazer apenas no plano de reivindicações gerais para o fim dessa forma de opressão. Devemos colocar em pauta casos concretos, e o de Rosiney sem dúvidas é um deles. Mulher, trabalhadora, de origem humilde, estava fora dos círculos universitários que dominam a cidade de Coimbra, e portanto fora de uma rede apoios que facilitaria a denúncia e a atenção ao caso. Organizando-nos, podemos fazer valer a continuidade de investigações efetivas que, na ausência da família, que não tem condições financeiras de estar presente para garanti-la, pode cair no esquecimento e se tornar mais um dado para a estatística das mulheres brasileiras trabalhadoras desaparecidas em Portugal e na Europa.
Contamos com todo o apoio, seja individual, de instituições, coletivos, associações e outros, para gritar alto pela luta e continuidade nas investigações do caso dessas mulheres!
