Agenda de Eventos Feministas em Portugal

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Como Elas Cantam!

3 de Abril

Janis: Little Girl Blue

De Amy Berg

Documentário, Musical
EUA, 2016

Janis Lyn Joplin nasceu na cidade de Port Arthur, no Texas (EUA), em 1943. Considerada por muitos a maior cantora de blues e soul da sua geração, alcançou a fama no final da década de 1960 como vocalista do grupo Big Brother and the Holding Company e, posteriormente, numa carreira a solo, acompanhada pelas suas bandas de suporte: a Kozmic Blues Band e a Full Tilt Boogie. Influenciada por grandes nomes do jazz e blues – como Aretha Franklin, Billie Holiday, Etta James, Tina Turner, Big Mama Thornton, Odetta, Lead Belly ou Bessie Smith –, Joplin transformou-se num dos ícones do rock psicadélico dessa década. Durante a sua curta existência, lançou apenas quatro álbuns: "Big Brother and the Holding Company” (1967), "Cheap Thrills" (1968), "I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama!" (1969) e o póstumo "Pearl" (1971). As últimas gravações que fez foram as músicas "Mercedes Benz" e "Happy trails", esta como presente para o aniversário de John Lennon, a 9 de Outubro de 1970. A dependência de drogas e álcool marcou a vida de Joplin e foi a causa da sua trágica morte. A 4 de Outubro desse ano, com apenas 27 anos de idade, foi encontrada sem vida devido a uma “overdose” de heroína.

Com realização de Amy J. Berg (nomeada para um Óscar, em 2007, pelo filme “Livrai-nos do Mal”) e narração da cantora Cat Power, “Janis: Little Girl Blue” é um documentário que contextualiza a vida de alguém que cresceu inadaptado. Numa recusa do clichê “hippie” e a glamorização simplista do “sexo, drogas e rock ‘n’ roll”, a realizadora junta correspondência que Joplin trocou com a família com material de arquivo nunca antes disponibilizado – captado em concertos e bastidores –, revelando não apenas a artista, mas também a mulher em luta consigo mesma. PÚBLICO

Apresentação de Francisco Amaral

Produtor e realizador de audiovisuais. Actualmente é o director da ESEC TV (RTP 2). É também autor de vários programas de rádio entre os quais "Íntima Fração" (Antena 1, TSF, RUC, RCP, Rádio Radar, Expresso Online). É director de Produção em televisão e docente universitário na área da Comunicação e das Artes. A sua formação académica passa pelas Artes Visuais, pela Arquitetura e pela História da Arte. Fez estágios em Cinema de Animação com Gaston Roch - Instituto Superior de Artes Visuais de Bruxelas. Foi bolseiro em França pela Federação Portuguesa de Cinema e Audiovisuais.

11 de Abril

“Sarah Vaughan: The Divine One”

De Matthew Seig

Documentário, Musical

Filme/documentário realizado em 1993, por Matthew Seig aborda a carreira e alguns aspectos da vida pessoal da cantora de jazz (também, ocasionalmente, pianista) SARAH VAUGHAN.
Baseado em excertos de prestações em clubes, salas de concertos e festivais de jazz e de entrevistas com ela própria e com alguns dos músicos que partilharam momentos importantes da sua carreira (Billy Eckstine, Roy Haynes, Joe Williams, George Gaffney e o arranjador Marty Paich), bem como com a mãe, Ana e a filha, Paris, o documentário revela o percurso de Sarah Vaughan desde a sua apresentação no Apollo Theater do Harlem (NY) em 1943 até 1989, ano que precedeu o seu falecimento em 1990.

Um filme que homenageia aquela que o crítico de jazz francês Philippe Carles considerou ser "a mais completa e notável vocalista do jazz moderno".

Apresentação de Rui Moutinho

Rui Moutinho, nasceu no Porto.
Reside, desde um ano de idade, em Coimbra.
Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra. 
Pós graduou-se em Administração Hospitalar na Escola Nacional de Saúde Pública de Lisboa. 
Exerceu a profissão de administrador hospitalar durante trinta e cinco anos, trinta dos quais nos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Educado num ambiente familiar em que se cultivava o gosto pela música dita clássica, começou a interessar-se pelo jazz na adolescência, interesse que viria a traduzir-se ao longo da vida, no estudo aprofundado das suas múltiplas dimensões (histórica, social e política), na frequência regular de concertos e festivais e na imprescindível aquisição de revistas, livros e discos.
Quando estudante universitário, dedicou algum tempo à divulgação do jazz promovendo sessões fonográficas e frequentou o Círculo de Artes Plásticas, cuja Direcção integrou nos dois primeiros anos da década 70 do século passado.
A nível cultural, para além do jazz, tem como principais centros de interesse, a arquitectura, o cinema e as artes plásticas. 

17 de Abril

"Violeta foi para o céu"

Direcção Andrés Wood 

Biografia 
Co-produção: Argentina, Brasil, Chile e Espanha. 2012

O filme conta a trajectória da compositora, artista e cantora chilena Violeta Parra. Esta biografia não segue uma linha cronológica, focando-se em diversos momentos da vida de Violeta, como a sua infância na província de Ñuble, a sua viagem pelo interior do Chile, as visitas a França e à Polónia, além do romance que ela teve com o suíço Gilbert Favre. O filme é inteiramente intercalado com trechos de uma entrevista que Violeta Parra deu à televisão em 1962.

Andrés Wood , realizador chileno, lança mão da musicalidade arrebatadora de Violeta Parra, a mais importante folclorista chilena e criadora da música popular de seu país, como fio condutor para desenvolver a ficção baseada no livro “Violeta se fue a los cielos”, escrito pelo filho da artista, Ángel Parra, também ele compositor e intérprete. Narrando o seu trabalho musical, as suas memórias, os seus amores e esperanças, o filme traça a evolução de Violeta, da infância humilde até se transformar em sensação internacional e heroína nacional, com a intensidade das suas contradições internas, falhas e paixões.

“Cresci a ouvir a Violeta Parra desde pequeno. Mas a minha relação não é de um amor à primeira vista. Pouco a pouco a Violeta foi-me envolvendo e passei a compreender as suas letras, a sua dimensão como artista, a sua multiplicidade de talentos e a entender também a sua personalidade. Tentamos resgatar a Violeta como artista e como pessoa, num filme que pretende ser uma viagem emocional e biográfica” — Andrés Wood.

“Violeta foi para o céu” conquistou o prémio World Cinema Dramatic Competition, no Sundance Film Festival (EUA), em 2012.

Apresentação de Né Ladeiras

Iniciou a sua carreira musical com a fundação, em 1974, da Brigada Victor Jara. Colabora com os Trovante e integra, no início da década de oitenta, um dos projectos mais inovadores da música portuguesa, a Banda do Casaco. O primeiro trabalho a solo de Né Ladeiras, Alhur, é editado em 1982 pela Valentim de Carvalho, seguindo-se Sonho Azul, com produção de Pedro Ayres Magalhães. Participa no Festival RTP da Canção, de 1986 com “Dessas Juras que se fazem”, um inédito de Carlos Tê e Rui Veloso. Em 1989 lança um álbum dedicado à atriz sueca Greta Garbo, “Corsária”, com produção e arranjos de Luís Cília. Em 1994, Né Ladeiras edita o seu quarto álbum, com produção de Luís Pedro Fonseca, Traz-os-Montes, o qual resulta de dois anos de pesquisa de material relacionado com a música e a cultura tradicionais transmontana, tendo recebido o Prémio José Afonso e é justamente considerado um dos melhores discos de sempre da música portuguesa. Edita ainda Espanta Espíritos (1995) disco de natal idealizado e produzido por Manuel Faria, Todo Este Céu (1997), inteiramente consagrado às canções de Fausto. Em 2001 chega “Da Minha Voz”, com várias músicas de Chico César e participação de Ney Matogrosso, apresentado no Brasil e com espetáculos realizados em São Paulo. Mais recentemente, em 2016, lançou o CD "Outras vidas", dedicado a várias mulheres que marcaram a sua vivência e a sua carreira como Avita, Greta Garbo, Frida Khalo, Madre Teresa, Isabelle Eberhardt ou Violeta Parra. A música tem a sua assinatura, com letras de Tiago Torres da Silva e produção de Amadeu Magalhães. 

Foram muitas e diversas as suas colaborações com outros artistas, de que é exemplo o disco editado em 2002, “Anamar, Né Ladeiras, Pilar – Ao Vivo” e participações especiais em vários trabalhos discográficos.

Salão Brasil
Sessões às 21h30
Entrada: 2,00 €
Sócios JACC e Fila K: 1,00 €
Bilhetes à venda no local, no próprio dia, a partir das 21h00.

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