Assembleia Aberta: Greve feminista 8M e Greve Climática 15M
- Datas:
- Qua., 27 FEVEREIRO 2019 18:00-20:00h
Rua Fialho de Almeida, nº3
1070-095
Sede do SPGL (Sindicato dos Professores da Grande Lisboa),
Rua Fialho de Almeida 3 (metro de São Sebastião)
Estudantes e jovens de classe trabalhadora enchem as ruas um pouco por todo o mundo. O sentido de urgência com que enfrentam os problemas do machismo e das alterações climáticas revela a conclusão de que este sistema não tem mais para nos oferecer do que catástrofes e miséria.
Hoje, as perspectivas dos jovens são ter uma vida pior que a dos seus pais, não só com salários baixos e precariedade, mas também com cada vez mais violência machista e catástrofes climáticas. A nossa geração não tem tempo a perder!
Em Portugal, 11 mulheres já foram mortas por companheiros ou ex-companheiros só desde o início deste ano! E enquanto isso, as alterações climáticas ameaçam a própria espécie humana!
A manutenção da nossa vida ao nível mais elementar, o da alimentação, está em causa. Estima-se que em 2040 estaremos perante uma situação de ruptura total, com fomes e secas cataclísmicas. Mas estes estudos não têm em conta vários factores que podem acelerar em muito o processo, como guerras e desastres ambientais.
Simultaneamente, as ideias conservadoras tentam pôr em cima das costas das mulheres trabalhadores os custos de uma década de austeridade que arruinou creches, escolas, lares e hospitais. Uma década que também piorou as condições de trabalho das mulheres, que são a maioria dos trabalhadores em situação precária, contribuindo para uma maior dependência em relação ao parceiro.
E só nós podemos ultrapassar todos estes problemas. O sistema capitalista, que passa por cima de tudo o que fica entre os capitalistas e o seu lucro, nunca poderá resolver estas contradições. É o apetite incessante do capital que destrói florestas e polui rios, da mesma forma que objectifica e mercantiliza as mulheres.
Cabe-nos a nós, a imensa maioria, construir uma alternativa em que os recursos sejam canalizados para preparar uma solução energética sustentável e para garantir que a situação material das mulheres e famílias de classe trabalhadora não contribui para as ideias machistas mas, pelo contrário, acabe com elas de uma vez por todas.
A greve é a arma da classe trabalhadora, e nós, os filhos da classe trabalhadora, vamos usá-la também. Quando a nossa classe pára, tudo pára! Queremos parar as escolas e universidades, e queremos chamar toda a nossa classe a parar a produção! Não aceitamos que o lucro esteja acima das nossas vidas!
Na próxima assembleia do Sindicato de Estudantes vamos discutir como a Greve, laboral e estudantil, é a única forma de conquistarmos aquilo que precisamos para subsistir enquanto espécie mas, acima de tudo, enquanto humanidade sem exploração nem opressão de qualquer tipo.