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As Mulheres na Universidade | FLUL

A 8 de Março, mulheres em todo o mundo levantam-se em defesa dos seus direitos e mobilizam-se contra a violência, a desigualdade e os preconceitos. Porque as violências que sofremos são múltiplas, a Greve que convocamos também o é. 

No dia 8 de Março faremos greve 

  • ao trabalho assalariado, 
  • ao trabalho doméstico e à prestação de cuidados, 
  • ao consumo de bens e serviços 
  • e greve estudantil.

O porquê de uma greve estudantil:

Quantas vezes recebeste comentários machistas dentro da tua faculdade ou escola?

Quantas amigas te contaram que sofreram assédio por parte de professores e alunos? 

Quantas vezes comentaram o teu aspecto sem que tivesses perguntado? 

Quantas vezes foste invisibilizada em aula? 

Quantas vezes te sentiste descredibilizada? 

Os currículos que estudamos contam a história dos vencedores, omitindo o papel da mulher e as suas resistências ao machismo, ao racismo, ao colonialismo e ao capitalismo. 

A praxe académica, onde o poder é exercido por meio da humilhação, reproduz violência patriarcal e perpetua estereótipos de género e objetificação dos nossos corpos. Apenas uma educação pública, gratuita, democrática e inclusiva possibilita a nossa emancipação. Uma escola da diversidade, crítica, sem lugar para preconceitos e invisibilização, como resposta ao conservadorismo. 

Uma escola livre de opressões, dentro e fora das salas de aula. O sistema educativo reproduz o atual sistema capitalista, racista e patriarcal. 

E nós dizemos BASTA! 

Exigimos:

  • Um ensino público, gratuito, democrático e inclusivo;
  • O fim das propinas, o aumento das bolsas de estudos e a criação de mais residências para podermos conciliar a vida estudantil, laboral e dos cuidados;
  • O fim da praxe, que perpetua a violência patriarcal;
  • Creches públicas nas instituições do ensino superior;
  • Manuais e currículos escolares livres de discriminação, que refiram explicitamente o papel das mulheres na história;
  • Uma educação afetiva e sexual inclusiva, que ensine a partilha das responsabilidades e do prazer e que seja livre de estereótipos;
  • O fim das ideias de competitividade e produtividade que nos impingem, que respondem a uma lógica capitalista e patriarcal;
  • O fim da precariedade para as professoras, investigadoras, psicólogas e trabalhadoras não docentes.

Quinta-feira, dia 28 de Fevereiro, às 18h na sala 2.13, vem debater, pensar e construir a Greve Feminista Internacional, numa sessão aberta, sobre as mulheres na Universidade.

VIVAS, LIVRES E UNIDAS!

SE AS MULHERES PARAM, O MUNDO PÁRA!

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