"A Vida Invisível" de Karim Aïnouz chega aos cinemas
Programa: 🎞 Cinema Feminista
- Datas:
- Qui., 13 FEVEREIRO 2020
Chega esta quinta aos cinemas nacionais, A Vida Invisível,o mais recente filme deKarim Aïnouz, realizador de Madame Satã. A longa metragem conta a história de duas irmãs e da sua lutas para se reencontrarem. Inspirado na obra homónima de Martha Batalha, este melodrama tropical faz um tocante retrato de uma geração de mulheres na era pré-emancipação feminina, tocando temas como a violência física, social e sexual. Premiado no festival de Cannes de 2019 na secção Um Certain Regard, A Vida Invisível conta com as interpretações de Carol Duarte, Julia Stockler, Gregório Duvivier, Bárbara Simões, Flávia Gusmão, Maria Manoella, António Fonseca, Cristina Pereira, Gillray Coutinhoe a participação especial de Fernanda Montenegro.
Uma história de solidariedade filmada com uma proximidade pulsante, onde a câmara se move à velocidade das acções das suas personagens principais, celebrando as características estéticas do melodrama e usando-as para desenhar uma crítica social que é, ao mesmo tempo, visualmente avassaladora, trágica e crua. De acordo com o realizador, o filme quer tornar visível as vidas de toda uma geração de mulheres, cujas histórias não foram contadas o suficiente pelo cinema e literatura. O filme coloca questões essenciais sobre a emancipação feminina que, mesmo hoje, não devem ser tomadas como adquiridas. Qual a visão das mulheres dos anos 50 sobre o sexo? No advento dos métodos contraceptivos, como é que as mulheres preveniam a gravidez? Como sobrevivia uma mãe solteira no seio de uma sociedade que a excluída de forma tão horrível?
A Vida Invisível chega, esta quinta, dia 13 de fevereiro às salas de cinema do Porto (Cinema Trindade), Lisboa (Cinema Ideal, NOS Amoreiras e Nimas), Cascais (O Cinema da Villa) e Coimbra (Cinema Nos Alma Shopping).
TRAILER A VIDA INVISÍVEL
Rio de Janeiro, 1950. Eurídice, 18, e Guida, 20, são duas irmãs inseparáveis que vivem em casa dos pais, dois portugueses conservadores. Apesar de submersas numa vida tradicional, ambas acalentam um sonho: Eurídice quer ser uma pianista de renome, Guida procura um amor verdadeiro. Numa volta inesperada, elas são separadas pelos pais sendo forçadas a viver sem contacto. Sozinhas, assumem controlo dos seus próprios destinos, sem nunca abandonarem a esperança de um dia se reencontrarem. Um melodrama tropical do realizador de Madame Satã.