8M: Nem partido, Nem marido!
- Datas:
- Sex., 8 MARÇO 2019 16:00h
3000-343
No dia 8 de Março, dia internacional das mulheres e da greve feminista, vamos invadir as ruas de Coimbra, e de centenas de cidades no mundo. Um dia de greve e de luta, de sororidade e de independência, para conjugar em muitas maneiras a força das mulheres que lutam e a mesma vontade de acabar com a violência e a opressão patriarcal.
Em vários sítios do mundo, seremos mulheres trabalhadoras e desempregadas, cis e trans, jovens e idosas; mulheres com diversidades funcionais; mulheres que são diariamente exploradas pelo capitalismo e que lutam para decidir livremente sobre o próprio corpo; somos lésbicas, negras, indígenas, antifascistas, trabalhadoras do sexo, estudantes ou empregadas domésticas: somos mulheres que marcham uma ao lado da outra, e nenhuma solta a mão de nenhuma.
“É dentro das nossas diferenças que somos igualmente mais poderosas, e mais vulneráveis”:
esse sempre foi o espírito com o qual cruzamos as ruas da nossa cidade nos últimos anos, tratando de manter a riqueza das lutas das mulheres no mundo, lutas independentes e variadas, que sempre são muito mais do que é possível traduzir nas categorias clássicas das organizações políticas - sejam partidos ou sindicatos.
Neste 8M, estamos há quase um ano sem justiça pela execução de Marielle Franco, feminista periférica, lésbica e negra no Brasil, assim como tantas outras mulheres em luta assassinadas pelo mundo. Em Portugal, desde o início do ano, já foram vítimas de femicídio dez mulheres e uma criança. Recentemente, e mais uma vez, o Juíz Neto de Moura protege os agressores machistas, retirando a pulseira eletrónica a um deles, por considerar que a violência exercida (rebentamento de um tímpano da vítima com um soco) não justificava uma pena tão pesada. Ainda, numa tentativa de a justiça machista lavar a sua imagem, a organização sindical de juízes organiza um workshop de maquilhagem, para assinalar o dia 8 de Março, recorrendo a técnicas desesperadas de purple washing.
Diante do panorama global de fortalecimento dos racismos, fascismos, LGBTQ+fobia, machismo, xenofobia e outras formas de violências que sofremos, achamos ainda mais importante assumir o desafio da multiplicidade que as lutas feministas nos propõem. Se hoje existe uma possibilidade real de combater os fascismos, esta possibilidade está nas lutas independentes e radicais das mulheres.
16H - Aquecimento Batucada
17H30 - Concentração
18H - Marcha até a praça 8 de Maio, junto com a Rede 8M (https://www.facebook.com/events/2127381623982031/?ti=ia)
Instalação da UMAR Coimbra dedicada às Lutas das Mulheres Mndígenas
Micro Aberto
22H30 Festa transfeminista pós- Marcha
Apoiam:
Marcha Mundial das Mulheres
República Solar dxs Kapangas
República Ninho da Matulónia
** Amor e agradecimentos à nossa artista preferida Joana Mateus pelo design