10 minutos de barulho: Parem de nos matar
- Datas:
- Qui., 14 FEVEREIRO 2019 15:30-18:30h
Rua Santa Catarina
4000-112
Já morreram 10 mulheres (9 mulheres adultas e 1 menina) vítimas da violência machista em 2019.
São 10 minutos em que convidamos todas/os participantes a contribuírem com barulho de resistência: voz, instrumentos, apitos, qualquer objeto que produza barulho.
Para que nos ouçam e ouçam bem:
Somos as netas, as filhas, as sobrinhas, as irmãs, as vizinhas daquelas que uma sociedade que legitima a violência contra as mulheres ainda não matou.
Luto é verbo, o nosso grito é sobrevivência e resistência. É por todas elas e por todas nós.
No dia atribuído ao amor romântico, Dia dos/as Namorados/as, propomos romper com o ciclo de violência doméstica.
A seguir à lua de mel, os pedidos de desculpas, as prendas e as promessas, vem mais violência, mais ameaças, ataques e chantagens.
A Greve Feminista sai à rua, exatamente porque:
Somos as vítimas da justiça machista, quando esta fundamenta as suas decisões em preconceitos, e da cultura da violação, que desacredita a nossa palavra e desvaloriza a nossa experiência, procurando atribuir-nos a responsabilidade das violências que sofremos. Somos as que vivem em alerta permanente, porque o assédio no espaço público e no local de trabalho continua a estar presente. Somos múltiplas e diversas, de todas as cores e lugares, de todas as formas e feitios, com diferentes orientações sexuais e identidades de género, profissões e ocupações. Somos trabalhadoras, estudantes, reformadas, desempregadas e precárias, do litoral e do interior, do continente e das ilhas. Somos as invisíveis, as negras e as ciganas. Somos tu e eu, somos nós, somos tantas e tão diversas.
A 8 de Março, mulheres em todo o mundo levantam-se em defesa dos seus direitos e mobilizam-se contra a violência, a desigualdade e os preconceitos". As razões somam-se. Todas cabemos na Greve, todas somos imprescindíveis.